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Domingo é dia da meninada. A programação vai
sendo adaptada ao gostinho dos pequenos e invariavelmente envolve saídas
longas. Quem tem filho pequeno sabe que uma mochila é sempre bem vinda, onde se
coloca coisas que possivelmente vão usar, mesmo para os maiores, é um lanche,
uma água ou uma muda de roupa. Até aí tudo normal. O engraçado hoje foi a
interferência das estrelinhas na arrumação da tal mochila (coisa que vem se
tornando bastante comum) – é tanta buginganga que acham importante levar,
inclusive todas com justificativas extensamente balisadas, seja a cabeça
decepada de uma boneca velha ou uma toalhinha rasgada deixada de lado, passando
por um bloquinho de papel e um lápis sob o disfarce de diário a título de se
escrever as aventuras que acontecerem no passeio. E nessa hora algumas coisas vêm
à mente: o peso da mochila, toda hora ter que abrir a mochila, por consequência
ter que fechar a mochila, derrubar um monte de coisa no abre-fecha da mochila e
torcer para não esquecer a bendita mochila. Fez lembrar O SACO DE BESTAGEM DE VANDEU (assim mesmo com
letras maiúsculas dada a entidade de que se tratava).
O tal saco (saco mesmo!) era emblemático,
inseparável de seu dono e parecia ter vida própria. Parecia ser uma espécie de
alterego e às vezes é possível que chegassem a dialogar entre si, dono e
objeto. Simbiose como esta suscitava fantasias a cerca do que haveria dentro
dele, ainda mais para quem, puxando agora da memória, nunca vira o conteúdo do
saco. O episódio de hoje revirou-o e viu tanta coisa lá dentro, afinal que
lógica pode ter a fantasia? E não é que viu que levava também seu caderninho
para anotar as aventuras do dia, que não eram poucas, e as tiradas impagáveis, contar do amor que
tinha pela família, do quanto sabia curtir a vida, explicar a diferença entre
pôde e podre, além de ensinar a encarar o mundo com o mais genuíno bom humor.
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