domingo, 27 de junho de 2010

Festa no Jardim

Era uma vez um jardim. Neste lugar já florido nasceu um novo e lindo botão. Cada pétala que surgia era  festejada com a alegria que reina no jardim. Os dias ensolarados foram se seguindo e o botão desabrochando em amor, beleza, simpatia, bom humor, companheirismo, inteligência ...(ops! Cadê o babador?). Hoje o jardim está com o brilho típico de quem comemora mais uma primavera; a primeira primavera da sua mais nova flor.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O DIA 21 DE JUNHO NA HISTÓRIA

      Hoje é um dia importante. Muita coisa aconteceu no mundo nesta data:
em 1640 chega o Marquês de Montalvão, primeiro rei nomeado para o Brasil;
em 1963 é eleito o Papa Paulo VI;
em 1970 a Seleção Brasileira de Futebol conquista o tricampeonato mundial;
marca o início do inverno no hemisfério sul e do verão no hemisfério norte.
   Neste dia nasceu muita gente interessante: Alexandre o Grande, Machado de Assis, Jean-Paul Sartre,  Benazir Bhutto e Daniel de Castro Burgos...não é à toa que também é o Dia Internacional da Música, com a qual decido homenagear este último:

Foi assim como ver o mar
A primeira vez que meus olhos
Se viram no seu olhar...
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era
Momento de se gostar...
Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar...
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha prá ficar...
Daria prá pintar todo azul do céu
Dava prá encher o universo da vida que eu quis prá mim...
Tudo que eu fiz foi me confessar escravo do seu amor
Livre prá amar...
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul de todo azul do mar...
Foi assim como ver o mar
Foi à primeira vez que eu vi o mar
Onda azul todo azul do mar...
Daria prá beber todo azul do mar
Foi quando mergulhei no azul do mar...




Todo Azul do Mar – Flavio Venturini
Se quiser ouvir a música acesse http://letras.terra.com.br/14-bis/43917/

sábado, 19 de junho de 2010

Formandos de Medicina 99.1-UFBA

Você viu o tempo onde foi? Onze anos se passaram. Parabéns a todos amigos e colegas de turma.

Esta data me faz refletir sobre os desafios de ser médico hoje. As mudanças sócias afetaram diretamente a prática médica, mudando o paradigma da arte e sacerdócio. Ainda se exige muita abnegação, mas é encarado como uma profissão para gerar sustento. Como tal, se impregnou com cargas horárias exaustivas, múltiplos vínculos e uma conduta cada vez menos compassiva.     Tudo isto afeta sobremaneira a vida do médico e a relação médico–paciente.

Por outro lado, o mundo globalizado gerou mais autonomia para o paciente, gerando questionamentos às ordens médicas, inclusive em muitas situações necessitando de consentimento informado do paciente para certos procedimentos. 
  
É absolutamente desejável que o médico seja atencioso, compreenda os sentimentos e o estresse do paciente. Mas será que passa pelo imaginário coletivo a muitas vezes difícil vida dos médicos e sua rotina estressante? Não que isso justifique maus tratos, imperícia e imprudência, mas compreender este universo pode contribuir para uma melhor convivência.

Em 2004 o Conselho Federal de Medicina realizou pesquisa sobre o assunto. Revelou-se que 98% dos entrevistados estavam exercendo sua profissão; a maioria com múltiplas atividades em medicina (16,7% realizam quatro atividades, 7,4%  mencionaram 5 atividades e 4,1% mencionaram 6 ou mais atividades), mais da metade dos médicos brasileiros, 52%, exerce atividades de plantão, principalmente do tipo presencial (64%), fato que é percebido por 58% da classe como motivo de desgaste da profissão, pois o excessivo número de horas trabalhadas por semana é fator determinante no estresse do profissional.

O cenário não é tão desolador se avaliamos outro lado da pesquisa; os três valores humanos mais importantes para os médicos no Brasil são: honestidade (97,3%), ordem social (91,9%) e afetividade (88,2%). Dentre os valores apontados como menos importantes estão emoção (20,2%), poder (17%) e prestígio (12,5%).

Então, podemos sim comemorar nossa data, sempre pensando em nos tornarmos cada vez melhores em tudo. Por isso deixo uma frase que vem norteando várias etapas de minha vida: “Cada um de nós compoe  a sua história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz.”

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Viva la duuuuuuuuuuuuuuma! (a primeira Copa do Mundo a gente nunca esquece)

A Copa do Mundo da África do Sul está sendo a primeira das minhas duas filhotinhas. Tudo bem, é pela TV, mas a emoção de ser torcida é algo muito genuíno e na minha opinião importante de ser cultivada. Catarina, por ser maior, tem uma emoção verbalizada, até porque, vem sendo trabalhado o tema na escola. Está a torcedora (o nome Kaká no uniforme lhe pertence...rs,rs...). Isa vai no embalo com sorriso, mas o barulho lhe causa estranheza.


Este momento me faz pensar no quanto de importância tem compartilhar especificamente a torcida pelo seu time com suas crianças. Hoje em dia se vê as famílias cada vez mais delegarem a educação dos seus filhos a terceiros, deixando de lado o grande papel de guia dos pais, a maior influência. Estar na mesma torcida une as gerações, nos dá oportunidade não só de ensinar o valor das vitórias, mas também das derrotas. Psicólogos dizem que quanto antes as crianças se expõem a certas dificuldades, como ver seu time precisar se superar, menos doloroso é esse exercício no futuro. Aliás, muitas vezes o esporte serve de exemplo de superação. A diversidade também é um tópico que podemos estimular nossos filhos a aprender, ainda mais na Copa do Mundo.
Enfim, cada momento pode ser valioso dependendo de como o encaramos. É preciso estar atento. E viva la duuuuuuuuuuuuuma!

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados

A todos os namorados e enamorados, felicidades!
Meu namorado e eu comemoramos com mais duas namoradinhas num jantarzinho. E em homenagem a isso deixo o Soneto da Fidelidade de Vinícius de Morais (é marcante em nossa história, pois declamei em nosso casamento, além do que, é lindo);

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Joãozinho e o pé de feijão

A fábula é conhecida – Joãozinho troca o único patrimônio da família, um vaquinha raquítica, por um saco de feijões mágicos. Sua mãe, aborrecida, joga os feijões pela janela. Ao amanhecer Joãozinho se depara com aquela árvore gigante que levava ao gigante e à galinha dos ovos de ouro.


Quem de nós já não sonhou com o que seria nossa galinha dos ovos de ouro; quantos não se renderam ao sonho dos feijões mágicos; quantos não lutam com seus gigantes? De uma forma ou de outra estes embates fazem parte da vida. Agora, saborear o encanto da escalada no pé de feijão, isso é para poucos.

Hoje eu assisti um Joãozinho subindo em seu imenso pé de feijão, inteligentemente derrubando seu gigante, sem o mínimo foco na galinha dos ovos de ouro, mas feliz com cada galho mais alto que alcançava, de olho lá nas nuvens.

Parabéns, Luís Cláudio! Joãozinho e seu pé de feijão.

sábado, 5 de junho de 2010

E multiplicou-se o amor

Quando estava grávida de Catarina tudo era muito tranquilo, o amor exclusivamente dedicado àquela pessoinha na barriga. E ela nasceu, um ser intenso, cheio de personalidade, com quem tenho trocas incríveis e apaixonadas.

Quando estava grávida de Isadora tudo ainda era muito tranquilo, exceto porque dedicava o amor àquela pessoinha na barriga...com culpa! Tinha medo de usurpar o amor de Catarina. Todas as mães de segunda, terceira viagens e tal me diziam que se ama facilmente quantos filhos se tem. Eu ainda sentia culpa.

Li muito sobre o impacto da chegada do segundo filho na família. Descobri que existem dissertações e trabalhos científicos sobre o tema. Os estudiosos avaliam a influência sobre os pais e sobre o primogênito e concordam que este é o mais impactado. Concluem que uma criança segura se recupera facilmente das possíveis perdas, e aquela relação de três se expande, além de surgir uma nova possibilidade, a do amor fraterno. Mais adiante concluem também, o saldo é positivo pois a convivência com o outro nos ajuda a dividir, partilhar, brigar, enfim, prepara melhor para o mundo.

Comecei a pensar que o segundo filho é a solução para os problemas com o primeiro. Vamos vivenciar a maternidade de forma mais serena, o excesso de zelo quem sabe se ameniza, os mimos não vão ser exagerados, a dúvida de se a criança sobrevive a toda nossa insegurança não mais existirá ainda por cima vai surgir uma amizade fantástica entre elas. Pronto!

Quando estava grávida de Isadora tudo era muito tranquilo...e nasceu um novo e imenso amor. Só vivendo para crer!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ANTES E DEPOIS

Aproveito o momento para atualizar minha foto...um verdadeiro ‘antes e depois’. Isto serve de mote para contar sobre a questão filosófica que norteou a recente mudança no visual. Como mãe, quero estar sempre atenta a tudo que envolve a educação de minhas pequenas, desde o campo estrito até tudo de etéreo que possa cercar a questão... costumo dizer que quero ser uma mãe baseada em evidências. O fato é que Catarina e Isadora são frutos de uma grande miscigenação e como tal carregam belos cachos. Não poderia ser contraditória na minha orientação a respeito de ostentar com orgulho suas raízes. Abaixo faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço!

Tudo isto me faz lembrar do grande rebuliço que as ações afirmativas relativas aos negros vêm provocando. A saber; ações afirmativas são medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo poder público (ou privado), espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros.

A palavra raça pode se aplicar de diferentes maneiras. No sentido de fenótipo, como um conjunto de características físicas, como cor da pele, cor e textura do cabelo, cor e formato dos olhos, formato do nariz e espessura dos lábios; denominar aqueles de uma região específica do planeta, como por exemplo, quando se fala em raça africana, raça oriental; no sentido biológico, como a reunião de pessoas em grupos de indivíduos que possuam características específicas e distintas dos outros grupos.

Será que no Brasil podemos de fato aplicar qualquer diferenciação? Imagine se formos analisar a ancestralidade de cada um – em que grau vai se encontrar um “puro sangue”? ( tal como a sociedade americana segregacionista da época com sua one drop rule ). E o que dizer do sistema vigente de auto classificação para se candidatar às cotas? Haverá sempre a possibilidade de fraude, abrindo espaço para a má-fé de pessoas, apesar de ser sabido o que mostram as estatísticas – mais de 60% da população brasileira é de afro-descendentes. Portanto o uso no Brasil das políticas afirmativas baseadas na raça é no mínimo controverso.

É claro que elas colocam um segmento importante em movimento, questionam a atual estrutura social, talvez aí resida seu maior benefício. Por outro lado, se há pequena representação das consideradas minorias nas universidades brasileiras, isto se deve a uma qualidade do ensino público precária, desde o ensino fundamental, onde os egressos desta rede não conseguem superar aqueles que estudam em escolas privadas.

Só para pensar um pouco...