domingo, 20 de dezembro de 2015

BOM DEMAIS CHEGAR AO FIM DAS FÉRIAS!




Férias...ah...as férias!

Na grande parte das situações ficamos loucos para que elas comecem e lamentando quando elas acabam.

Neste caso não! Estou ansiando por este último dia de férias (físicas, é importante que se diga) da maternidade! Louca para pôr minhas crias no colo, filhotinhas maravilhosas que aproveitam um pouquinho de suas férias escolares longe dos pais.

Mas essa espera me trouxe reflexões.

Tirar férias dos filhos é saudável (isto dito depois de metade do tempo com culpa, a outra metade justificando que para elas é ótimo ficar se divertindo, e 100% do tempo sentindo muitas saudades). Aproveitamos o tempo para nós mesmas, colocamos a leitura em dia, ficamos mais livres para as saídas com as amigas, assistir aquele filme para maiores e dar mais um impulso na sintonia de casal. Ficar um tempo sozinho, faz bem, aprofunda nosso autoconhecimento e nos faz enxergar pequenos parafusos frouxos que precisam ser apertados na nossa engrenagem. Se presta também a reservar um olhar mais demorado para os nossos tantos outros papéis – mulher, profissional, amiga, estudante, cidadã, atleta, aos quais não podemos dispensar dedicação exclusiva todo o tempo, mas que merecem e precisam sempre ser alimentados. No dia-a-dia os alimentamos de forma mais errática, tirando o tempo de um para colocar no outro, e como uma imagem que me vem sempre à mente; equilibrando os pratos, uma verdadeira malabarista da vida. Essa pausa recarrega as energias para retomar a rotina com todo o gás.

Tudo isso me faz reavivar a prazerosa sensação que agradeço ter desde que as filhotinhas chegaram – a maternidade é meu melhor papel. Você ganha junto muita responsabilidade, trabalho, várias preocupações, alguma culpa, mas o outro e maravilhoso lado é ganhar junto um infinito amor. Este amor incondicional faz tudo valer a pena; até as saudades auto-impostas, que não matam (por pouco), pelo contrário enriquecem nossa relação.

Não é fácil. É um exercício calculado, assistido. Permitir autonomia e liberdade para os filhos exige grande dose de desprendimento. Mas desprender-se é uma prova de amor, mesmo nesse quase devaneio de controle que não existe; deixá-las apoderar-se de suas vidas em certa medida as coloca mais firmes no caminho de se tornarem mulheres que desejo que sejam, fortes, guerreiras e donas de seu destino. Para os filhos, tirar férias dos pais também é bom. Experimentam novas coisas, põem à prova limites que só testam na segurança do pai e da mãe, se divertem e se redescobrem a cada dia. Para o amadurecimento deles é um grande passo, se comportar bem longe do olhar quase que obsessivo da mãe, experimentar um nível diferente de liberdade e se sair bem. É uma estrada cheia de dúvidas para todos nós, onde retroceder é lícito, mas que precisa ser trilhada. E lá estamos indo nós!


No final das contas o saldo é positivo. Nos reencontramos na felicidade de doces abraços, beijos infindáveis e do maior amor do mundo!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ONDE FOI PARAR A POESIA?

Onde foi parar a poesia? Se perdeu no meio da velocidade do tempo, da correria dos dias, do trabalho, das dissertações. Quero ser sua cúmplice, inspiração, mas tanta coisa me arrebata antes de ti. Sigo tão culpada, mas ouso eliminar a cruel carga da palavra culpa e me permitir perceber a realidade de outra forma.

Pensando mais profundamente, e me dando a dose de benevolência que sinto merecer, entendo que a poesia sempre está aqui. A vejo no brilho do olhar quando vejo meus dois tesouros dormindo tão inocentes. E quanta poesia sinto na alegria de encontrar um velho amigo e matar as saudades. Me pergunto se há algo mais poético do que a paz de estar diante do mar no esperado domingo que demora a chegar. É pura poesia o conforto de um simples abraço das pessoas que amamos. Acredite: nosso cotidiano está repleto de poesia. Há poesia em dar uma parada no final da tarde para um cafezinho com as amigas, mesmo cronometrando o encontro para buscar a criançada na escola. Acordar de madrugada para estudar te põe cercado pela poesia que há no silêncio. Inusitada também é a poesia de estar praticando seu esporte predileto e se perder em seus pensamentos. Mesmo aprontar-se às pressas para um compromisso encerra a poesia, afinal está em tudo que for feito com emoção. O trânsito caótico pode até ser poético se você já o previu. Conseguir entregar os relatórios no prazo tem tanta poesia quanto atravessar a linha de chegada de uma grande corrida. E no final do dia poder descansar com a sensação de dever cumprido é indiscutivelmente muito poético.

Pois bem, a poesia está no que te inspira, mesmo que a velocidade te atropele, mesmo que tudo pareça tão nu e cru, que não consiga tempo para colocar tudo isso no papel. Ter isso em mente é uma forma de garantir alcançar a beleza das coisas. Cada pequeno gesto, cada pequena conquista, tudo conspira para nosso enriquecimento pessoal, sobretudo de aprender a valorizar o que de fato é importante, o que de fato nos move. E se isso não é poesia, o que será?


Enfim, há sempre poesia no turbilhão da vida. Tudo depende do seu olhar. Poesia é o que nos mobiliza, cada um a seu modo, por isso me adianto a responder a pergunta que me motivou no início – a poesia foi parar em cada um de nós!

domingo, 5 de julho de 2015

DESVIRTUARAM OS CONTOS DE FADAS




Quando minhas filhas me apresentaram a Apple White e Raven Queen meu primeiro pensamento foi - desvirtuaram os contos de fadas! (parenteses para explicar aos desavisados; estas são as filhas da Branca de Neve e da Rainha Má, respectivamente). Os personagens dos contos de fadas tiveram filhos? E com quem - pára tudo! Cerise Hood é a filha da Chapeuzinho vermelho com o Lobo Mal! Para onde foram a inocência e a ingenuidade dos tais contosÉ...o mundo gira, as coisas mudam e a indústria resolveu capitalizar na modernização das heroínas boas, ingênuas e com seus finais felizes. Se não há como deter o avanço dos novos tempos, vamos aprender alguma coisa com ele. 

Mattel é uma gigante dona das marcas Barbie, HotwheelsFisher-price e Monster High, para citar alguns, cujo lema é "A gente cria. Seu filho imagina". Não chegou onde está à toa, mas sim às custas de muita pesquisa de mercado e parcerias pelo mundo. O seguimento lúdico dos contos de fadas não podia ficar de fora, e trazê-los a um conceito atual, com uma historinha bem amarrada, com livros, série de TV e culminando com lindos bonecos (sim, pois não só personagens femininos entram em cena; Dexter Charming e Hunter Huntsman são alguns dos "garotos" do enredo), é sucesso na certa.  

O cenário principal de toda trama é uma escola chamada Ever After High, localizada em algum reino distante e que reúne todos filhos adolescentes de personagens famosos dos contos de fada, como por exemplo a Bela Adormecida e a Cachinhos Dourados. Os alunos fazem com que a série fique muito mágica e interessante, e estão lá para perpetuar a história de seus pais e serem ensinados a seguirem as tradições de suas famílias.  Assim, todas as futuras gerações podem continuar vivendo esses incríveis contos de fada que as crianças tanto adoram. O ponto de inflexão na história é que uma das alunas começa a pensar um pouco em sua vida e passa a questionar esse futuro já traçado, manifestando a vontade de escrever seu próprio destino. Sob essa influência o colégio se divide em duas facções; os Royals, que seguem as tradições e os Rebels, que questionam sua predestinação. Em comum o encantamento e a magia, além de todos almejarem um final feliz. 

A essa altura já me vi apreciadora da invencionice, achando que se tudo evolui, por que não as histórias infantis? Tantas vezes torci o nariz para a fixação das crianças em heroínas tão passivas, mas era o que tinha disponível, e sempre procurei dar ênfase no lado positivo. Agora, apesar de manter em mente que tudo não passa de um apelo mercadológico, nos é apresentada uma nova forma de dialogar com as crianças, afinal toda essa linguagem subliminar sempre permeou o universo infantil. 

Por fim ainda temos os contos de fadas e suas virtudes, mas podemos fazer uma releitura que intensifique seu papel na educação de nossas crianças nos dias de hojeEntão que bom ter os dois lados da moeda, vivenciar o poder da bondade e benevolência, e ao mesmo tempo discutir o quanto podemos ser agentes em nossas escolhase ficarmos felizes ao final do nosso próprio conto.

domingo, 3 de maio de 2015

SOU A FAVOR DA CENSURA (AUTOCENSURA)



Verdade que muitos de nossos posicionamentos são relativos. Mas verdade também que alguns comportamentos são obviamente inapropriados, principalmente quando diz respeito ao convívio social. O que dizer a uma criatura que não tem o menor bom senso em suas colocações? A melhor resposta é aquela que não se dá? Com a falta de noção da dita é bem possível que ela nem entenda suas entrelinhas.

Se for o preconceituoso típico, aquele que ninguém suporta, menos complicado para lidar; dele se espera tudo. Agora as pessoas com quem convivemos até bem e que vira e mexe "derrapam", requerem um pouco mais de estratégia ou mesmo cuidado para serem rechaçadas. Fato que vivemos numa sociedade preconceituosa por essência; racismo, machismo, homofobia, gordofobia e tantos outros preconceitos, o que é por demais empobrecedor. Entendo que não é fácil livrar-se destas amarras tão entranhadas. Entendo que no final somos frutos de um meio que direta ou subliminarmente nos ensina certos preconceitos. Contudo a gente cresce, o mundo vem mudando e a globalização nos aproxima de toda a diversidade que nele existe, sendo primordial convivermos bem e sobretudo com respeito.

Nessa tentativa de fugir das tais amarras é fundamental perceber que o preconceito vem sim disfarçado e de várias maneiras, vem muitas vezes velado. Escamotear o preconceito com o humor, por exemplo é bem comum; aquela piadinha de que "tá tudo preto" ou "onde comprou tinha pra macho?" não tem mais espaço para ser compartilhada! Ela é uma atitude negativa de quem a tem e ofensiva a quem ouve, seja o interlocutor negro ou branco, hétero ou gay, pois no fim nos arrasta a todos para a o não saber lidar com as diferenças, para o desrespeito ao próximo e para a reafirmação de comportamento que deveria nos repugnar. Pode parecer exagerado, ou que nada tenha haver com você, mas em maior ou menor medida o preconceito acaba por se revelar. E lembre-se que esse preconceituoso cria filhos preconceituosos e dessa forma perpetua uma situação já tão ingrata (ou de onde será que o menino ouviu "sai da frente, macaco!"). Mais um motivo para ficarmos atentos aos pequenos atos muitas vezes tão carregados de preconceitos, bem como à discriminação escancarada (essa sujeita a penas previstas por lei).


Por essas e outras sou a favor da autocensura! Abaixo a liberdade de falar a besteira hipócrita que lhe vier à mente. De volta (nunca nos afastemos) a máxima de que seu direito termina quando acaba o do outro. Vamos pensar um pouco se o que estamos soltando aos quatro ventos ofende ao outro. E é hora de responder diretamente àquela criatura desprovida de bom senso, fazer ela entender que seu comportamento é inaceitável, afinal outra máxima que também não se perdeu, "quem cala consente",  vem bem ao encontro, não despropositadamente, da célebre frase de Martin Luther King "o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons".

domingo, 8 de março de 2015

CRÔNICAS DE MARÇO: O OSCAR, O ABORTO E O DIA INTERNACIONAL DA MULHER




O  Prêmio Oscar foi em no mês de Fevereiro, mas bem podia ter sido em Março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Abro parênteses aqui para falar da importância desse dia, que muitos não vêem; não é nascido da vontade de render homenagens e sim da necessidade de parar para pensar no quanto ainda há de preconceito contra elas, do quanto ainda tem condições de trabalho inferiores aos dos homens, de apesar de serem em maior número nas faculdades, serem número muito menor nas empresas, de que continuam sendo subjugadas pela força sofrendo maus tratos, agressões (físicas e psicológicas) e estupros.

Voltando ao Oscar, ele acabou coroando o mês de Março nesse pensamento voltado à mulher no momento em que se destacou a participação da atriz hollywoodiana Patrícia Arquete. Vencedora do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme Boyhood – da infância a adolescência, a atriz voltou seu discurso de agradecimento a essa luta, a pela igualdade de gêneros. Sim, a indústria do cinema também é dada a sectarismos; profissionais de várias áreas ainda hoje, ano de 2015, são vistas de forma diferentes por serem mulheres, independente de sua qualidade técnico. E isso se estende por vários campos em nosso cotidiano, contaminando a visão do meu colega de trabalho, do meu fornecedor, do meu cliente e do meu chefe (isto também, pois tenho muito mais chefes de sexo masculino do que feminino); as minhas roupas têm que ser “anti-estupro”, minha dedicação é menor, aguento menos trabalho, o fato de ter licença maternidade atrapalha a empresa, por  minha família em primeiro lugar desvia minha atenção. Esta visão da mulher é absolutamente equivocada – a competência não se esvai com a multiplicidade de interesses, pelo contrário, a torna mais robusta. É claro que ser mulher ou homem encerra algumas particularidades, mas num mundo de tanta diversidade quanto o que vivemos hoje, estes traços, que são meramente culturais, vão se diluindo e embricando. Lembrar o discurso de Arquete me trouxe à mente o caso da jovem que foi denunciada pelo médico por ter praticado o aborto. Como resultado, saiu do posto de saúde presa, humilhada. Não vou me ater a julgar a atitude do meu colega; sobre ela o Conselho Federal de Medicina já se posicionou, mas todo o problema reside na criminalização de um ato de foro tão íntimo da mulher. Independente de ser a favor ou contra (em que pese que sou contra), não é o tipo de atitude que deva ser considerada criminosa uma vez que a mulher precisa ter o direito de decidir o que fazer com seu próprio corpo. Aqui entram diversas questões a serem discutidas, argumentos de muitas procedências, mas o episódio retrata o quanto ainda temos, enquanto sociedade, o que debater e encarar de frente.


Então mulheres, aproveitem as homenagens, mas não percam de vista a verdadeira razão dele, que é fruto de luta e de luto de mulheres que lá no início do século XX já bradavam pelas demandas que, a despeito de obviamente muita coisa ter melhorado, ainda são nossas nos dias atuais.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

POR TRÁS DO BRINQUEDO

      Brinquedo com cara inocente e na embalagem a faixa etária adequada. É o suficiente para  levar para casa. Engano!

          A faixa etária é em princípio norteada por critérios do INMETRO de acordo com critérios de segurança. Para as crianças menores isso é ótimo e bem rigoroso. Muito importante comprar brinquedos certificados pois os testes são reconhecidamente bem elaborados e empregados. Os riscos à saúde de crianças pequenas utilizando brinquedos com pequenas peças, por exemplo é enorme. A escolha pelo brinquedo apropriado não se encerra aqui.

         Outro aspecto na avaliação dos brinquedos apropriados para determinada faixa etária é o psicopedagógico. Por este ângulo se avalia as capacidades motoras e psicológicas que as crianças desenvolvem na infância. Os especialistas apontam, em linhas gerais, que até os três anos as crianças devam experimentar brinquedos que favoreçam o movimento e a descoberta de sensações; dos três aos cinco anos brinquedos lúdicos que estimulem o faz-de-conta; de cinco a sete anos os jogos de raciocínio e brincadeiras em grupo, e a partir dos sete brincadeiras que aumentem o desafio. Essas são considerações bem embasadas e por isso valiosas. Infelizmente ainda não deixa pais e educadores seguros com as classificações etárias dadas aos brinquedos no Brasil.

Como tudo quando se fala de filhos, é preciso estar atento. Todo brinquedo que chega às mãos das crianças deve ser partilhado com ela, sobretudo para interagirmos, mas também para conhercermos o que estará ao acesso da criança e fazermos nosso próprio juízo de valor. Recentemente minha filha ganhou no aniversário de oito anos o jogo da Estrela “Fala Sério”, baseado na obra homônima da escritora Thalita Rebouças. Na caixa, em letras garrafais – A PARTIR DOS 7ANOS. Tenho certeza do carinho e atenção de nossos amigos ao presentar, tendo se baseado na indicação da caixa, que em tese leva mesmo em conta indicações do INMETRO sobre segurança e indicações pedagógicas sobre a importância de jogos de raciocínio e em grupo para a faixa etária. A distorção foi vista apenas na hora de abrir o tabuleiro e distribuir as cartas, o que por sorte foi feito junto com a criançada.

“Fala sério” é sabidamente uma série juvenil, versando sobre o universo adolescente com muita propriedade. Deixo aqui todas as minhas congratulações à autora que dialoga como poucos com essa faixa de idade. Contudo, sem medo algum de parecer retrógrada ou pudica, e até mesmo ingênua, quando começamos a brincar percebi que nem de longe se tratava do tipo de estímulo e raciocínio adequado a minha filha. Em meio a questões até aparentemente inocentes, como “Você cai de cara no chão na frente dos meninos na aula de educação física. O que você faz?”, surge uma “Tem pouco tempo que você está namorando e sua mãe chama seu atual namorado pelo nome do ex. Oque você faz?”. Não vejo como uma pergunta desse tipo possa estar adequado a meninas de sete anos.

Por mais que o mundo gire velozmente, que as pessoas evoluam e as crianças já não tenham o perfil das crianças de outras épocas, tudo tem limite. E esse limite, definitivamente tem que ser imposto pelos pais. Não INMETRO que consiga saber mais do que você que tipo de pessoa deseja criar. Uma das nossas funções como pais e educadores é ajudar a criança a lidar com sua sexualidade, proporcionando oportunidades para falarem sobre suas inquietações, mas tudo a seu tempo. A sexualização precoce além de atropelar a infância, pode ter efeitos deletérios sobre a formação das crianças.

Infelizmente não é possível apontar apenas um jogo como algoz nessa situação. Estão aí certos programas de televisão, revistas e músicas que perpetuam essa prática em nossa sociedade. Assim como a sexualidade, outras áreas do cotidiano que precisam de um cuidado para o contato com as crianças, como a violência, também são frequentemente negligenciadas nos diversos jogos e brinquedos aos quais nossos filhos têm acesso, mas com faixa etária dita adequada. É responsabilidade nossa barrar a velocidade com que estes modelos invadem nossas casas.


Obviamente não se tem controle por absolutamente toda informação que um filho consome, mas intervir no que lhe chega às vistas é possível.  E com equilíbrio vamos tentando acertar nas escolhas. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

E O NÚMERO MUDOU!



E o número mudou. Agora é a vez de 2015. Segundo a numerologia é representado pelo 8, um número cármico, símbolo do infinito. Mais um tempero para alimentar essa onda de esperança que nos invade na passagem do ano. É uma onda positiva por trazer reflexões, por fomentar os bons sentimentos entre as pessoas e dar uma espécie de parada para recarregar as energias, ainda que isso fique muito mais no etéreo campo das idéias.

Um olhar mais atento, lá pelo segundo dia de janeiro de preferência, percebe que tudo segue seu curso, as batalhas cotidianas permanecem à nossa espera e as obrigações nos aguardam. Nada disso, no entanto, empana o brilho dos festejos da virada. Vamos viver o hoje, sonhando o amanhã com a força do ontem! É o que faz renascer a certeza de que nosso “pequeno dicionário amoroso” é o que de fato vale a pena, como nos relacionamos com nossa família e nossos amigos, as viagens que fazemos, os brindes que erguemos, até mesmo as saudades que cultivamos. É o que nos deixa prontos para escrever novos capítulos da nossa história, quem sabe reescrever trechos passados, mas sempre firmes de que a pena está em nossas mãos.

      Então vivamos esse momento! Ele vai muito além das tradições. Cultivar é saudável, renova a fé no caminho e impulsiona a crença de que tudo vai ser ainda melhor. Façamos os nossos rituais e deixemos esse frescor nos invadir. Como diria Cervantes, “yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, então vamos de branco, estouremos a champanhe, demos presentes a Iemanjá, pulemos as sete ondinhas, nada de comer bicho que cisca para trás, comamos lentilhas e sementes de romã. O importante é conseguirmos reacender essa chama a cada dia, independente de datas, é verdade.  E toquemos em frente já que a vida continua!