domingo, 28 de agosto de 2011

E ASSIM NASCEM OS TIRANOS

Letra de Arnaldo Antunes e voz de Adriana Alcanhoto 


Os olhos do mundo estão voltados para a Líbia, à procura de Muamar Kadafi, ex-líder responsável por crimes contra a humanidade. Todos a seu tempo, Saddan Hussein, Mussolini, Hitler, são tantos nomes na constelação da tirania que espalharam a opressão sobre seus povos.  São pessoas com fascínio pelo poder, sem nenhum respeito ao próximo e que governam pelo medo. Do que se forja este tipo de personalidade? Onde nascem as mentes perversas? Em que ponto começa esta ambição desmedida, esta prepotência?

Estudiosos costumam colocar este tipo de personalidade no rol das mentes brilhantes e que utilizam, em algum momento, seu carisma para conquistar seguidores entre seus pares e usam esta influencia em benefício próprio. Visto de fora e retroativamente esta influencia pode parecer até absurda, mas a eloquência com que Hitler convenceu a maior parte de seu povo de que a supremacia germânica era necessária não deixa dúvidas, é possível usar um dom pessoal para mover a massa popular, no mesmo movimento feito por grandes líderes mundiais, ainda que em direções opostas. A força que impulsiona essas pessoas parece ser a mesma, porém os propósitos são diferentes. Resta saber em que ponto do caminho alguns indivíduos deturpam valores e escrúpulos tidos como socialmente aceitáveis.

Ao longo da vida as pessoas são expostas a diversos estímulos, positivos e negativos. Durante a gestação já se pode influenciar a personalidade daquele novo ser, e daí por diante todo aquele potencial poderá ser transformado, para o bem e para o mal. É na infância que absorvemos noções de certo e errado, limites de onde acaba nosso direito e começa o do outro e principalmente de respeito às diferenças. Quando esta base é distorcida todas as noções futuras advindas dela serão também distorcidas e perpetuadas nas relações pessoais, de trabalho e na forma de atuar em sociedade. É assim que nascem os tiranos.


Impossível não tocar num ponto delicado que é a educação que estamos dando aos nossos filhos. Manter sempre em mente o potencial que eles têm de se transformar em qualquer coisa é importante, pois sob nossa influência poderemos formar futuros líderes que tenham um olhar diferente sobre o outro. O ponto nevrálgico desta equação é assumir responsabilidades. Todos os déspotas nasceram de alguma mãe, foram criados no seio de alguma família, e dela aprenderam seus valores, portanto a origem de tudo é muito mais remota do que se possa admitir. 

sábado, 20 de agosto de 2011

AOS BONS E VELHOS AMIGOS




Como se mede uma amizade? É possível fazer uma calibração para aferir o valor de determinada amizade? E ainda que verdadeira, quando está sendo negligenciada em função das atribulações do dia-a-dia? Será pelo número de vezes que vocês se viram este ano? Talvez pelo número de vezes que se falaram. Pelo menos nos aniversários e no Natal houve um contato. Se é por esta presença (ou falta da mesma) que se mede, o que dizer daqueles amigos que levam anos distantes e quando se encontram parece não ter se passado nem um segundo? Presume-se o quão complicado seria quantificar a amizade, contudo, se a relação está ruidosa e estes questionamentos surgem é porque algo precisa ser repensado.

Cultivar uma amizade exige tempo e dedicação. Não é por se tratar de um amor gratuito e livre, que não precisa ser alimentado. Muito pelo contrário, estas pessoas com as quais não se tem laços de consanguinidade e as quais se escolheu no meio de tantos outros estarão mais ou menos presentes na proporção em que se regue o afeto plantado. Ser livre é exatemente poder ir e voltar a qualquer hora. Não é em qualquer terreno que este sentimento brota, tanto que se cada um fizer uma reflexão honesta verá que dá para reunir num pequeno recinto aqueles que se pode considerar amigo.

É bem verdade que existem vários níveis de amizade, mas aqui se trata daquele que pode receber um telefona no meio da madrugada sem constrangimentos, aquele que corre em seu auxílio ao menor sinal de perigo. O que importa é ser verdadeiro, alguém com quem se possa contar, tudo aquilo que não se explica. O colega, o vizinho ou o conhecido fazem parte das redes sociais, mas ter um amigo é outra história. A história de ser presença, da torcida incondicional pela vitória do outro, do puxão de orelha quando necessário, fruto da afinidade que une as partes e de uma conexão única. Ser presença não necessariamente é algo físico, não demanda que se vejam todos os dias, mas estar sempre ao alcance num momento de saudade, apenas para se saber como as coisas vão ou quando precisamos, até porque, nos dias de hoje a distância não acaba com as amizades sólidas, tantas são as formas de se conectar.

Posto assim talvez pareça que a amizade nada mais é que um mar de exigências, que perdeu a leveza e passou a ter excessiva cobrança. Não é assim que deve ser encarado, afinal a frase de Saint Exupéry em O Pequeno Príncipe não deixa dúvidas; “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.  A dita responsabilidade está justamente em aceitar o outro como é, mas não deixar de lhe apontar caminhos para que melhore. Poder cometer erros certo de tê-los perdoados, e também saber perdoar quando se der o contrário. Responsabilidade também de manter a amizade viva, retribuindo carinho e atenção recebidos, pois a amizade é uma via de mão dupla.


Em suma, mesmo não sendo possível medir uma amizade, é fácil sentí-la plena. Voltando ao começo, caso ao se questionar sobre o quanto está sendo fiel a um amigo ou quanto de fato tem se empenhado pela amizade a resposta for duvidosa, é hora de por em prática a reaproximação, dar retorno àquele telefonema, mandar um sinal de fumaça, seja o que for, qualquer pequeno passo para reacender a chama desse sentimento que nos é tão caro. 

domingo, 14 de agosto de 2011

BULLYING NA ESCOLA

Campanha da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina

Nos últimos anos passou-se a empregar um termo muito contundente e que só de ouvir já deixa pais e educadores de cabelo em pé - bullying, que parece seguir na esteira da violência de forma geral e se abanca nos ambientes escolares como caso para a intervenção dos adultos e até da polícia (abre-se parêntese para dizer que não se aplica apenas à infância nem à escola, mas esse aspecto tem chamado particular atenção). A palavra bullying vem do inglês bully, que poderia ser traduzido como valentão e significa toda a prática de violência física ou psicológica infringida intencionalmente repetidas vezes por um indivíduo ou grupo de indivíduos. Não é difícil reconhecer um caso extremo em que a criança sofre agressão física ou verbal – em geral está ligado à dificuldade de aceitar as diferenças. Há, entretanto, aqueles casos em que a violência é sutil, velada, nos comportamentos agressivos que reiteradas vezes põe o outro em situação de vulnerabilidade, exposto e diminuído. É muitas vezes uma linha tênue com as briguinhas de criança, que de certa forma é saudável na medida em que servem para o desenvolvimento da autoconfiança e conquista do próprio espaço.

Cada vez mais são noticiados crimes ligados ao bullying, o que gera a certeza de que nem sempre as crianças e adolescentes conseguem lidar sozinhos com certas brigas. Os pequenos apuros podem passar a humilhações que se perpetuam e se traduzem nestas violências extremadas.  A sociedade como um todo tem se preocupado e pensado em formas de maior controle do comportamento dos alunos nas escolas, inclusive com projeto de lei tramitando no Senado brasileiro determinando que as escolas inibam situações que possam gerar bullying. Não há dúvidas de que precisa ser encarado com seriedade e combatido, num aprendizado, que como tantos outros, começa dentro de casa.  

Um outro olhar sobre a questão gera polêmica na reportagem da atual edição da revista Superinteressante que pergunta justamente como que seria o mundo sem bullying. O ponto de vista adotado por alguns especialistas na área defende que o bullying não é necessariamente um problema para adultos, pois muitas vezes as picuinhas entre colegas devem ser resolvidas entre eles. Apesar do título da matéria, mais parece não se estar falando de bullying propriamente, e sim daquelas citadas sutilezas. Esses psicólogos se referem aos pequenos apuros e desavenças que ensinam a criança a se defender e se colocar no convívio social, e não à violência propriamente dita. O grande elemento aqui mais uma vez é o bom senso, o tal ponto de equilíbrio. Pais e adultos que supervisionam crianças precisam estar atentos; se o apelido ou brincadeira deixam de ser divertidos, se descriminam ou provocam sofrimento e mudança de comportamento, é porque está além do admissível e merece intervenção. Pouco importa o nome que se dê a isso, independente de rótulos mais modernos, é hora de intervir.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MULTIMULHER ANTENADA



O mundo anda cada vez mais veloz e há uma necessidade quase que impositiva de acompanhar este ritmo. Mesmo aqueles que seguem um estilo clássico, no qual se render a modismos está fora de cogitação, precisam atualizar seu conhecimento, até porque as novas tecnologias estão aí para serem usufruídas e dinamizar mais as relações pessoais e de trabalho. Para a mulher de hoje, em especial, a avalanche de tecnologias a ser incorporada precisa disputar espaço com as tarefas do dia-a-dia, bem ao estilo da multimulher, multiinteressada.

Não adianta fugir, mais cedo ou mais tarde todas nós acabamos por nos entregar aos avanços tecnológicos. Foi-se o tempo em que éramos meras expectadoras do maridão que não largava os jogos de computador  (sim, eles se adaptam, neste caso, muito mais rápido do que nós), o que até era motivo de brigas. Agora a mulherada está mais antenada do que  nunca e o mercado já sabe disso com todo um nincho voltado para atender as necessidades exclusivamente femininas.  Não bastasse aprender a usar, abra-se um parêntese para as denominações todas a se familiarizar... é iphone, smartphone, ipad, tablet...sem falar nas redes sociais; não é suficiente apenas checar os emails, é preciso se plugar em msn, twiter, facebook e por aí vai.

Incorporar tudo isso ao seu cotidiano pode ser de extrema utilidade, otimizando o tempo escasso, porém é preciso estar atento para não cair na cilada do ostracismo às avessas, comunicando-se intensamente com o mundo e automatizando inclusive as relações, aumentando a distancia dos seus pares na vida real. Ficar teclando o tempo inteiro em lugar de interagir com as pessoas é uma das piores formas de se adaptar a esse mundo moderno. Aliás já há um guia de etiqueta nesta área, mas não precisa ir tão longe para tachar essa atitude de mal educada.

Enfim, modernizar-se é sempre bom, saber aproveitar os pontos positivos melhor ainda. Poder ter acesso a tudo é uma necessidade, tanto pessoal quanto profissionalmente, portanto junte-se às tarefas de mãe, mulher, profissional, entre as fraldas, mamadeiras, levar para escola e fazer aquele jantarzinho, a tarefa de ser antenada também do ponto de vista tecnológico. Não esqueça de eventualmente substituir o email por um telefonema ou quem sabe uma visita. 

ANIVERSARIANTES DE AGOSTO


FELIZ ANIVERSÁRIO! PARA COMEMORAR, UM CLÁSSICO DE JOÃO GILBERTO, AFAGO PARA OS OUVIDOS.

Euzinha
Lary
Tio bubi
Tarcia
Helena
Marcos
Fabrício
Hosana
Gabriela da Glória...