A mulher encerra o dia de trabalho e planeja
voltar para casa, dar uma atenção para a família e depois, mesmo que adentrando
a madrugada, fazer pequenas tarefas e ter momentos para si; coisas pessoais,
como mandar um e-mail, ler uma revista, terminar a lembrancinha do aniversário
da caçula e se dar uma massagem com seus cremes noturnos. Só não contava ser
vencida pela realidade dos fatos: superpoderes não existem, nem mesmo na
multimulher.
Imagine a cena: chegou em casa, brincou com
as crianças, fez a lição de casa, conseguiu colocar uma para dormir, deu o
leitinho da outra, e sempre tem aquela criança notívaga que estica a conversa
até mais tarde. Quando finalmente está sozinha percebe que está quase sem
energia, mas estica a corda pelo menos para terminar aquele trabalho que trouxe
para fazer em casa. O máximo que consegue depois é tomar uma ducha quente para
tentar descansar, quase não tem coragem de passar os tais cremes, massagem nem
pensar. E eis que cai na cama morta de cansada e é parcialmente ressuscitada por
um “oi, meu amor”, bem descansado naquela mesma cama há horas.
Essa mulher, comumente encontrada nos lares a
fora, corre o dia todo se dividindo entre as tarefas profissionais e
domésticas. Algumas, talvez privilegiadas, podem voltar para almoçar com os
filhos ou deixa-los na escola, e assim já ir mantendo a conversa em dia, além
de se inteirar dos últimos acontecimentos. As que não podem se ausentar do trabalho
observam a casa de longe e mantêm-se presentes através de ligações telefônicas.
Seria cômico se por vezes não beirasse a tragédia, bem à moda de “mulheres à
beira de um ataque de nervos”. Mas há sempre a recompensa por suas escolhas; se
saber cumprindo com seu papel, desfrutando a alegria em família e valorizando o
que realmente importa na vida.
Todas estas mulheres vão, ao seu modo, tentando equilibrar os pratos, verdadeiras artistas que são e seguem se reinventando a cada dia numa busca insana e interminável: mulher, casada, com filhos procura...TEMPO!
Uii!
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