domingo, 8 de agosto de 2010

Querido papai,

Obs: aos que não apareceram, só tinha estas fotos.

Assim iniciava as cartinhas ao papai quando era criança, principalmente com ele viajando pelos mares. Era uma época bem diferente, mas sempre com um gostinho bom de ter um pai, de longe ou de pertinho, sempre dava um jeito de se fazer presente. 

Foi-se o tempo em que os pais ficavam meio à margem da criação dos filhos, o trabalho delegado às mães; talvez por isso o segundo domingo de maio pareça tão mais festejado. Isto mudou, hoje cada vez mais se vê homens participativos, personagens importantes desde o período pré natal – não se considera mais a mulher grávida, e sim o casal grávido. Durante os meses de gestação, o feto ouve a voz paterna e é influenciado por ela, embora por conta da própria fisiologia o pai fique um tanto em segundo plano, mas com o tempo assume a função que lhe é de direito e o vínculo fica cada vez mais forte.

Lembrei de tudo isso e tantas outras coisas agora, retornando da festa do dia dos pais da escola de Catarina. A turminha cantou... ”eu te quero só pra mim, você mora em meu coração”... Foi lindo de ver, e acompanhar Daniel nesta especial primeira vez foi emocionante (primeiro com a filha na escolinha), trazendo à mente que estamos vivenciando grandes momentos pela primeira vez.  É o  primeiro Dia dos Pais depois que meu pai quase se foi (vitória de quem crê que a fé move montanhas), o  primeiro sem ir jantar com Magno Burgos no Baby Beef (não que ele gostasse tanto de comer, mas se tinha algo que o deixava feliz era reunir os filhos em torno daquela mesa), o primeiro dos meninos de Tia Coli sem o papai Joel, o primeiro depois que Leo soube ser tão pai no momento em que mais precisava de colo (só ele e Lary sabem o que passaram para chegar até aqui), o primeiro em que Pedrão joga o “baba” dos pais com João pensando que carinha Maria Vitória terá, o primeiro de Denilson no papel (já disse que na barriga também conta). Enfim, emoções de todos os tipos, mas sempre emoções, pois é delas que se constrói a paternidade.

E a paternidade poderá ser vivenciada de várias formas, festejada hoje e sempre, com cada gesto cotidiano. É este o motivo de estar escrevendo agora, lembrando histórias de pais e filhos (certamente cada um se lembra de muitas outras; lembremos delas também!) para felicitar cada pai – o meu, os dos meus amigos e os meus amigos pais. Sintam-se acarinhados, aproveitem cada momento, não deixem de dizer o quanto amam, se derretam com os abraços e beijos (acho que foi daí que Pepeu tirou que ser um homem feminino não fere seu lado masculino – mas isso é assunto para um outro post).

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