sábado, 5 de junho de 2010

E multiplicou-se o amor

Quando estava grávida de Catarina tudo era muito tranquilo, o amor exclusivamente dedicado àquela pessoinha na barriga. E ela nasceu, um ser intenso, cheio de personalidade, com quem tenho trocas incríveis e apaixonadas.

Quando estava grávida de Isadora tudo ainda era muito tranquilo, exceto porque dedicava o amor àquela pessoinha na barriga...com culpa! Tinha medo de usurpar o amor de Catarina. Todas as mães de segunda, terceira viagens e tal me diziam que se ama facilmente quantos filhos se tem. Eu ainda sentia culpa.

Li muito sobre o impacto da chegada do segundo filho na família. Descobri que existem dissertações e trabalhos científicos sobre o tema. Os estudiosos avaliam a influência sobre os pais e sobre o primogênito e concordam que este é o mais impactado. Concluem que uma criança segura se recupera facilmente das possíveis perdas, e aquela relação de três se expande, além de surgir uma nova possibilidade, a do amor fraterno. Mais adiante concluem também, o saldo é positivo pois a convivência com o outro nos ajuda a dividir, partilhar, brigar, enfim, prepara melhor para o mundo.

Comecei a pensar que o segundo filho é a solução para os problemas com o primeiro. Vamos vivenciar a maternidade de forma mais serena, o excesso de zelo quem sabe se ameniza, os mimos não vão ser exagerados, a dúvida de se a criança sobrevive a toda nossa insegurança não mais existirá ainda por cima vai surgir uma amizade fantástica entre elas. Pronto!

Quando estava grávida de Isadora tudo era muito tranquilo...e nasceu um novo e imenso amor. Só vivendo para crer!

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