domingo, 27 de novembro de 2011

SER UM HOMEM FEMININO NÃO FERE MEU LADO MASCULINO



Há muito se fala nas mudanças trilhadas pelas mulheres na sociedade. Muitas vezes os homens ficam esquecidos, relegados a meros coadjuvantes que acabaram mudando em resposta às ações femininas, até por esta sempre nova mulher também estar passando uma nova maneira de pensar na criação de seus filhos. Meia verdade! A grande maioria talvez esteja sendo arrastada pela corrente, porém é inegável que hoje alguns já tenham consciência de que é preciso ser um outro homem. Ser um homem feminino, já dizia Pepeu, não fere meu lado masculino.

“O homem feminino” é um tipo muito popular nos dias atuais. Esta categoria do gênero masculino nada tem de efeminado, pelo contrário tem seu lado feminino muito bem resolvido, não entrando em crise, por exemplo, se sua mulher é mais bem sucedida profissionalmente e ganha mais que ele e sabendo usar sua masculinidade na situação condizente. Ele sabe que o “machão” está totalmente em desuso – leia-se aqui o autoritário, o que não consegue externar seus sentimentos e acha depreciativo um gesto de carinho. Permitir-se viver com sensibilidade é a chave desta mudança, e o “homem feminino” tem mostrado esta faceta quando passa a ser um pai mais participativo e acompanha a rotina da família. Tem mostrado também quando convive respeitosamente com suas colegas de trabalho, ainda que delas tenha receber ordens. Nesta complexa equação ele ainda precisa reaprender a ser amante, mais delicado e compreensivo, porém sem perder a visão da caçada e um certo tom agressivo. Pode parecer meio confuso, mas são duas faces da mesma moeda. “Ai que endurecer, pero sin perder la ternura.”

Um homem atualizado e atenado com essas questões tem que tomar cuidado para não cair na cilada frequente de querer uma retribuição ou reconhecimento por isso. Se trata de uma viagem sem volta e inevitável; os que ainda não foram vão acabar lá de uma maneira ou de outra, e seu par feminino não necessariamente estará agradecida por isto (provavelmente não estará) já que conquistou espaço social que não comporta a antiga figura do macho-alfa. A naturalidade é o contra-ponto fundamental e o prazer em se relacionar mais harmoniosamente com seu pares é o prêmio. As recompensas chegam como consequência e são boas para os dois lados.

No final a questão requer, como sempre, equilíbrio. Não é tarefa fácil para este novo homem – tem que ser sensível, mas tem que ter “pegada”! Vai encarar?

Um comentário:

  1. Gostei da dicotomia Sensibilidade X Pegada!!! aahhahaah Acho que tô no caminho rsss Viver com mulher independente é assim rssss Tem q ter jogo de cintura!!!!

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