sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

EDUCAR SEM BATER DÁ CERTO!



Já falei sobre este assunto antes http://tenhoalgoacontar.blogspot.com/2010/09/mao-do-estado.html , mas me sinto compelida a voltar a ele. Embora esta seja uma campanha institucionalizada, não encerra apenas a questão da intervenção do Estado em nossos lares; trata-se de uma tentativa de conscientização, da cultura de não violência em todos os aspectos, inclusive na forma de se relacionar com os filhos. Independente de ser ou não a favor deste tipo de interferência, cabe refletir um pouco sobre a mensagem que se passa com a agressão. Minha sensação é de que quando se parte para a pancada já se atingiu um estado de descontrole e já se esgotaram as possibilidades de diálogo. Imagine combinar educação e descontrole. Será que houve de fato uma tentativa de dialogar com a criança? 

Por outro lado noto que questões semânticas são usadas de forma equivocada neste assunto. A maioria das pessoas reza que "dar uma palmada" é bem diferente de de "bater". Seria, se o "dar uma palmada" fosse um ato refletido, sereno, sem o peso da raiva. Confesso que jamais vi uma mãe ou pai que tentasse corrigir o filho com palmada que não estivesse aos gritos que não olhasse a criança com fúria. Decididamente não quero ter um olhar para minhas filhas que não seja de carinho, ainda que emoldurando gestos de repreensão e de impor limites. É um caminho muito longo entre a conversa e um ato extremado, ainda mais quando as crianças são pequenas, ainda aprendendo justamente pela relação com os pais. Mesmo que a tal palmada pareça inocente, a mensagem é de que se vence pela força, que agressão física é coisa natural e que a força bruta é mais importante que expor pontos de vista e mostrar alternativas.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário