E
o número mudou. Agora é a vez de 2015. Segundo a numerologia é representado
pelo 8, um número cármico, símbolo do infinito. Mais um tempero para alimentar
essa onda de esperança que nos invade na passagem do ano. É uma onda positiva
por trazer reflexões, por fomentar os bons sentimentos entre as pessoas e dar
uma espécie de parada para recarregar as energias, ainda que isso fique muito mais
no etéreo campo das idéias.
Um
olhar mais atento, lá pelo segundo dia de janeiro de preferência, percebe que
tudo segue seu curso, as batalhas cotidianas permanecem à nossa espera e as
obrigações nos aguardam. Nada disso, no entanto, empana o brilho dos festejos
da virada. Vamos viver o hoje, sonhando o amanhã com a força do ontem! É o que
faz renascer a certeza de que nosso “pequeno dicionário amoroso” é o que de
fato vale a pena, como nos relacionamos com nossa família e nossos amigos, as
viagens que fazemos, os brindes que erguemos, até mesmo as saudades que
cultivamos. É o que nos deixa prontos para escrever novos capítulos da nossa
história, quem sabe reescrever trechos passados, mas sempre firmes de que a
pena está em nossas mãos.
Então vivamos esse
momento! Ele vai muito além das tradições. Cultivar é saudável, renova a fé no
caminho e impulsiona a crença de que tudo vai ser ainda melhor. Façamos os
nossos rituais e deixemos esse frescor nos invadir. Como diria Cervantes, “yo
no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, então vamos de branco,
estouremos a champanhe, demos presentes a Iemanjá, pulemos as sete ondinhas, nada
de comer bicho que cisca para trás, comamos lentilhas e sementes de romã. O
importante é conseguirmos reacender essa chama a cada dia, independente de
datas, é verdade. E toquemos em frente
já que a vida continua!