Era para se chamar “Meu veterinário e eu”, mas olhei em volta e vi tantos relacionamentos com pessoas de diversas profissões experimentando as mesmas possibilidades, que o pensamento tornou-se mais generalizado. De ser casada com um veterinário de grandes animais que mora na cidade eu entendo (será que tenho que apertar a tecla sap?), e acredite, é preciso jogo de cintura. Em comum estas relações têm a convivência com a distância física – seja o petroleiro, seja o piloto de avião, seja o representante comercial. De qualquer forma nossa história pessoal se embrica totalmente com a profissional, além é claro, de sua atividade ser fator preponderante em seu cotidiano.
Como tudo na vida, as ausências têm um lado bom. Em princípio aproveitava mais; estudava quando a casa estava vazia, punha a conversa com as amigas em dia e deixava a dispensa vazia sem culpa. A saudade sempre presente faz os retornos serem mais prazerosos, não há tempo para brigas e os telefonemas diários de algum lugar distante dão conta de conversas em geral muito leves. Acrescente-se a tudo isso o fato de poder achar que quem manda é você (a maioria das vezes é só uma questão de achar).
O outro lado da história é centralizar as decisões da casa em suas mãos. Se em parte é sinônimo de liberdade, passa também por muita responsabilidade, o que muitas vezes pode se tornar um peso. Até porque existem as questões de ordem prática, o trabalho braçal diário, que é preciso dividir tamanho o desgaste que pode gerar. Infelizmente “não se faz omelete sem quebrar os ovos” e o grude da cria fica mesmo com quem está mais em casa, o que não significa dizer que o esforço de tornar o pouco tempo junto de qualidade não supere este fato. É uma forma de se relacionar distinta do tradicional, que pode guardar momentos de solidão e que requer maturidade para ser levada adiante. Requer ainda um compromisso de estar perto quando fisicamente se está longe.
Se posso me ousar a uma conclusão, esta é de que o saldo é positivo. Tanto assim que a família gerou frutos e estes crescem saudáveis física e mentalmente. Enfim, ano novo, vida nova! Quase um mantra entoado com frequência nesta época do ano. Traz esperança de novos tempos, mas ter uma raiz firme, uma base, é o que proporciona sonhar mais alto. Tempo de principalmente sentir que algumas coisas antigas que fazem com que tudo valha a pena devem continuar em seu lugar. É nessa construção que trabalhamos duro, meu veterinário e eu, exercitando sempre a passagem de Duna “o amor me move, só por ele eu falo”.
Sábias palavras, Ursula. Sou amiga de Nonato, de Aracaju. Ele me indicou seu blog. Ganhou mais uma seguidora, rsrsrsrs...
ResponderExcluirLinda união, vcs são exemplos para muitos e o resultado é olhar essas duas meninas lindas, felizes, completas de amor. Sucesso, Saúde, Paz, Amor, Realizações e tudo de bom que houver nessa vida!
ResponderExcluirMinha médica.
ResponderExcluirVocê é meu tesouro e minha luz! quando estou no mato não esqueço de você! Você é meu conforto e minha vontade de voltar para casa! Quando está de plantão não esqueço de você!
Vovê me move e sómente por você eu falo!